quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A Dor É Enorme

A minha vida tem tido altos e baixos tal como a vida de todos os outros Portugueses, claro que temos de ter em conta o nível de altos e baixos, pois estes variam dependendo da vida que uma pessoa leva. Um ricaço que sente que a sua vida está numa fase baixa porque tem de esperar pelo cabeleireiro ou alfaiate é diferente de uma pessoa que não tem comer para dar aos filhos ou roupa, etc…
Mas quando morre alguém que nos é querido, alguém que nos faz sentir especiais, alguém que é quase tudo para nós, alguém que nos conhece melhor que nós próprios, alguém que nos adora desde que nós nascemos e que nós adoramos desde que nos lembramos de ser alguém, aí sim, aí somos todos iguais, a dor atinge-nos de tal maneira que custa comer, dormir, pensar no que quer que seja para além dos instintos normais como ir ao WC, a morte de alguém que nós adoramos rasga-nos de dentro para fora, faz com que nada faça sentido.
Mas a força tem de vir, temos de combater a tristeza, temos de pensar que essa pessoa não nos queria ver tristes, queria que nós tivéssemos força e energia para seguir em frente, e nós do fundo do nosso egoísmo temos de ter força e fazer o que a pessoa iria querer. Mas não, choramos, gritamos, entramos em colapso mental e mostramos aos outros o nosso egoísmo, porque sabemos que a pessoa estava a sofrer, estava com dores, que já pedia a morte há muito tempo, mas somos egoístas, choramos, babamos, gritamos, e nem pensamos na pessoa que nos deixou. Não queremos que nos deixe, não queremos que fuja dos nossos braços, não queremos que o seu cheiro desapareça. A força que temos de fazer para que isso seja suprimido é gigante, é mais forte que a força de mil buracos negros todos juntos, temos de ir buscar energia ao fundo de tudo. E é quando nos bate, tudo o que de positivo essa pessoa nos deu, os momentos maravilhosos que essa pessoa partilhou connosco, o que nos ensinou, o que nos amou, o que nos deu. Escrevo isto e choro, as lágrimas caem pela minha cara, a tristeza rasga-me por dentro, o nó aperta a garganta e só apetece mandar tudo para o c***lho, só apetece partir as trombas a todos os FDP que aparecem à frente.
Não me sinto com força para continuar. Desculpem…

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

É Incrível

Ontem à noite, olhando para os outros passageiros no metro, dei por mim a pensar no engano em que muitas pessoas ainda vivem em Portugal.
Aquela história de uma país à beira mar plantado, em que tudo lhe passava ao lado, já lá vai, isso é água debaixo da ponte.

Estava a olhar para um grupo de jovens, mais ou menos da minha idade, no seu comportamento, nas suas atitudes, na sua maneira de vestir, com as calças quase pelos joelhos e de capuz dos casacos enfiado pela cabeça, nas suas conversas e no modo intimidatório como circulavam dentro da carruagem, e reparei no olhar de medo das outras pessoas, essas que ninguém se lembra, as pessoas normais, aquelas que têm de trabalhar até tarde, a troca de meia dúzia de tostões, que têm de se esforçar para ter alguma coisa na vida.
Essas pessoas, com medo dos filhos da nossa nação, MEDO, pelo que esses jovens podem fazer, esses bandos a circular no metro e comboio, a assaltar as pessoas, as pessoas que pagam tudo neste país, pagam os carros dos Srs. Ministros, as viagens intermináveis, as casas de borla para os outros, os subsídios que no nosso estado entrega de mão beijada a pessoas que nunca contribuíram positivamente para a nossa sociedade. Damos tudo aos outros, e para aqueles que se esforçam nada, dão trocos, e tiram tudo o que puderem tirar que tenha valor.

Saí ontem do metro com uma tristeza enorme, e depois oiço que não há problema nenhum que esta onda de violência não é bem como contam, que se estão a esforçar. Mas estes nossos governantes vivem onde? Não deve ser em Portugal, e a ser, devem viver num local sem janelas, sem ligação ao mundo. Mas quem pensam eles que são, a lixarem nos a torto e a direito?
Policia na rua hoje, agora, com meios adequados para o exercício da sua função, armas novas, colete à prova de bala que sejam bons, um vencimento que seja correcto para a função perigosa que desempenham, e autorização para varrer este país de norte a sul, sem dó nem piedade, sem terem que estar preocupados com processos internos.

SE OS BANDIDOS NÃO SE PREOCUPAM COM A INTEGRIDADE FISICA DOS OUTROS, NÃO NOS VAMOS PREOCUPAR COM A DELES.

Roubam, matam, violam, traficam droga, e nós ainda os protegemos, damos lhes tudo e ainda pedimos desculpa pelo que fizemos.

Ainda temos tempo de mudar o rumo do país………….