terça-feira, 17 de setembro de 2013

(I)Mansidão

Como é que ficámos assim?
Permitimos que nos mentissem, sabendo que nos  mentem e continuando a acreditar na mentira.
Deixámos que nos transformassem em algo que não somos.
Venderam-nos esta ideia que só seremos felizes se tivermos aquele carro, aquele telefone, se a nossa mulher for uma supermodelo loira, e somos bombardeados com a ideia que tudo nos tem de ser entregue numa bandeja, que o mundo é nosso e que é nossa obrigação drenar tudo o que pudermos.

Querem que amemos com os olhos e que deixemos de olhar com o Amor.

Está a ser dito aos nossos filhos que só serão felizes se forem magro(a)s, se vestirem uma determinada marca, se tiverem “aquele” grupo de amigos.
Deixou de existir respeito pela família, pelo conjugue, pelos mais velhos, pela moral, pelos filhos e pelo futuro.
Querem que sejamos ocos, desprovidos de imaginação, de pensamentos, de ambição pessoal, máquinas de descontar ordenados em bens “essenciais”, sempre prontos a aceitar as ideias vazias que nos dizem que temos de ter.


Caminhamos sozinhos entre milhares, com o peso do mundo que nos rodeia apenas nos nossos ombros.
Ninguém nos reconhece, ninguém nos vê, pois somos remanescências de uma vida já passada.




Temos de combater isto, temos de procurar em nós o que ainda resta de amor próprio e de amor pelo que nos rodeia.