quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Cidadão de 3ª num País de 2ª – Parte 1

Hoje dei por mim a pensar nisto, porquê?

Só voltando atrás no pensamento até à situação que gerou este raciocínio é que será possível depois desenvolver o texto.
Local: Barcos.
Personagens: Dois elementos masculinos oriundos de um país africano e Uma cidadã Portuguesa.
Descrição da acção:
Estes dois elementos estavam a ocupar um banco de três lugares, um banco para cada elemento e um outro para as suas mochilas.
A determinada altura um dos elementos levanta-se para se deslocar ao bar do barco, que ficava directamente à esquerda do banco em questão. Entretanto a cidadã, ao entrar no barco, detecta a existência de um lugar vazio e dirige-se até junto do mesmo. Neste momento, o elemento que se encontrava de pé junto ao balcão do bar, “corre” para junto do mesmo com o intuito de evitar que a cidadã se sente neste lugar.
Vocês vão pensar, “Bem até aqui não vejo qual é o mal, eu faria o mesmo”, mas eu explico.
A cidadã questiona se o lugar onde se encontravam as mochilas estava ocupado por alguém , ao qual ambos os elementos oriundos de um país africano respondem que sim.
Nesta altura a cidadã Portuguesa, abandona o local em busca de um lugar vazio.
A partir deste momento e até ao final da viagem os dois elementos estiveram com uma atitude de gozo e provocação para com a cidadã em questão, assim como para todos os outros passageiros do barco, com comentários que poderiam tirar facilmente um Santo do sério. Devo salientar que, como será obvio, ninguém se sentou no lugar ocupado pelas mochilas.
Agora pensam, mas o que é que isto tem de mal?
Simples, se fosse algum cidadão Português, a tomar uma atitude semelhante seria imediatamente rotulado de racista, xenófobo ou outro tipo de nomes que nestas situações são utilizados, e ainda viria algum elemento de um desses Partidos de Esquerda defender os elementos africanos, porque, coitadinhos, foram escravizados durante séculos.
Já chega de utilizarem esses argumentos, se fomos nós que começamos com a escravatura, também é verdade que fomos dos primeiros que a aboliram.
A continuar amanhã….

Sem comentários: