quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Cidadão de 3ª num País de 2ª – Parte 2

Tendo em conta a descrição feita no post anterior, julgo estarem agora reunidas as condições necessárias para desenvolver o meu raciocínio.

Porquê cidadão de 3ª num País de 2ª? Simples, basta avaliarmos o que se passa hoje em dia, e deparamo-nos com a seguinte hierarquia social:

Cidadão de 1ª Categoria: Elemento de Etnia Cigana ou Oriundo de um País Africano.

É considerado elemento de 1ª Categoria aquele que tem acesso a todos os recursos disponibilizados pelo Estado, sem qualquer custo associado, ou caso exista, é bastante baixo. Enumero alguns: casas a baixo custo, acesso gratuito ao sistema de saúde e ensino, entre outras regalias. Seria de esperar que o cidadão que teria acesso a estes recursos, seria aquele que os paga com os seus descontos mensais, nomeadamente IRS e Segurança Social. Seriam os cidadãos que cumprem a Lei, vivendo com respeito pelos outros e pela Sociedade mas não, já falaremos desses mais à frente.

Cidadão de 2ª Categoria: Elementos com uma doença chamada toxicodependência.

É considerado como elemento de 2ª Categoria aquele que não tem acesso aos recursos enumerados no ponto anterior, mas ainda assim, são beneficiados com acesso a recursos de saúde específicos para eles, com oferta de material de saúde e acesso gratuito à “medicação” necessária para a sua “doença”. Estes pobres doentes, a quem Deus afastou do calor da sua face, é dado tudo o que está ao alcance do Estado, esquecendo que: a “doença” é auto-infligida, que foi por opção que se iniciaram nesta prática, que ameaçam os automobilistas com a sua presença ao solicitarem moedas nos estacionamentos, estacionamentos estes que ainda por cima são pagos, que pedem dinheiro para “comida” e quando não recebem o que pretendem passam para a ameaça física. Durante algum tempo uns tais de diabéticos tiveram de comprar as seringas para poderem tomar diariamente a sua medicação, e só com alguma pressão é que foi autorizada a disponibilização gratuita das mesmas, no entanto, as fitas utilizadas para fazer a medição do nível de açúcar, seja por via da urina ou sangue continuam a ser pagas. Não haviam de querer mais nada esses diabéticos.

Cidadão de 3ª Categoria: Quase nem consigo escrever sobre estes elementos.

Este escalão de cidadania é preenchido pela corja da Sociedade pelos elementos mais odiosos e nojentos. Esses elementos que têm atitudes e acções odiosas como: trabalhar legalmente, cumprir a Lei, respeitar a Sociedade, comportamentos como pagar impostos e outras atitudes destas. Como posso descrever melhor? Hum, já sei, os alicerces da Sociedade, sim, julgo que é isso. A este flagelo a Sociedade Moderna praticamente nada é disponibilizado, mais não seria de esperar, pois encontram-se no fundo da pirâmide, aliados a esses, estão outros elementos que são os Veteranos de Guerra, os reformados, entre outros. Estes elementos não têm direito a casa de baixo custo, acesso a medicação gratuita, livros escolar gratuitos e outras “regalias”. Estes elementos não têm direito a reformas dignas e outras “regalias” pois cometeram o crime de produzir, desenvolver, defender e amar a Pátria. Para os que cometem estes crimes hediondos a punição é ficar na fila, esperar que os outros passem à frente, sem refilar para não ser acusado de racista, xenófobo ou segregacionista. Já que não tenho direitos podem me chamar o que quiserem que eu não me calo.

Agora explico o porquê de País de 2ª: estamos num país com esta categoria porque continuamos a apostar em líderes que perpetuam este tipo de diferenças, que aumentam as diferenças nos acessos aos recursos. Líderes que ignoram o pedido de mais policia na rua, para nos proteger nas Categorias 1 e 2. Líderes que fecham escolas, centros de saúde, extinguem tribunais, fecham esquadras da polícia e G.N.R. Não são capazes de desenvolver planos de combate efectivo à criminalidade, aos fogos, às cheias, e outros tipos de males que assolam o nosso País. Líderes que apostam em portáteis para crianças, portáteis que vão ser roubados antes de decorrida uma semana.

É por tudo isto que ainda somos um país de 2ª.

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